terça-feira, 22 de maio de 2018

Dia do Apicultor: momento de reflexão sobre a preservação das abelhas


Foto: Divulgação.

Nesta terça-feira, 22 de maio, comemora-se o Dia do Apicultor. Este é um dia de homenagear esses profissionais que dedicam seu tempo ao trato e preservação das abelhas, responsáveis pela produção de mel, e também pela polinização de nossos campos. É também um momento de reflexão sobre a preservação das abelhas, que estão sendo intensamente afetadas pelo uso desenfreado de agrotóxicos.
Segundo a Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC), o Brasil é o décimo maior produtor de mel do mundo e o oitavo maior exportador. As maiores responsáveis pela produção são as abelhas, estas que cumprem um papel importante no equilíbrio do ecossistema. Além disso, são as mais eficientes agentes polinizadores da natureza, responsáveis pela reprodução e preservação de milhares de espécies vegetais. Segundo a FAO, 85% das plantas com flores das matas e florestas e 70% das culturas agrícolas, dependem dos polinizadores. A polinização das abelhas é fundamental para garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos em diversas culturas agrícolas.
Os desafios que tem surgido nos últimos anos, demonstram que a população das abelhas tem reduzido. Segundo a Embrapa, só com os registros de 300 ocorrências no Brasil, feitos por meio do aplicativo Bee Alert – Alerta de Abelhas –, de março de 2014 a agosto de 2017, foi estimada a perda de 20 mil colmeias e a morte de mais de 1 bilhão de abelhas. Acredita-se que 90% da perda desses insetos tenha relação direta com a ação dos pesticidas nas lavouras.
De acordo com a FAO, “as abelhas estão gravemente ameaçadas pelas consequências combinadas das mudanças climáticas, da agricultura intensiva, dos pesticidas, da perda de biodiversidade e da contaminação. Sem esses insetos e outros polinizadores, não seria possível produzir café, maçãs, amêndoas, tomates nem cacau”.
Em busca da preservação, a Organização não-governamental Bee to be, foi uma iniciativa para desenvolver ações para a proteção das abelhas no Brasil e na América Latina. Sendo assim, uma campanha iniciou em agosto de 2013, chamada “Sem abelha, sem alimento”, com o objetivo de conscientizar as pessoas para a importância destes polinizadores e a necessidade de sua proteção.
            O GT Macrorregional sobre Agrotóxicos é um grupo extremamente preocupado com o uso dos agrotóxicos de forma desenfreada e sem conscientização das mazelas causadas por eles, por isso, promove debates acerca da temática. No mês de junho, acontece o 4º Encontro Macrorregional sobre os Impactos dos Agrotóxicos, no Distrito do Buriti, em Santo Ângelo. Dentre as temáticas debatidas, estará também a questão da preservação das abelhas e a importância do uso racional de pesticidas nas lavouras.

Daniella Koslowski, acadêmica de Jornalismo.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017



Encontro de Consumidores de Alimentos Orgânicos acontece neste sábado em Santa Rosa

Neste sábado, dia 25, na sede da AREDE/SindiCoop, em Santa Rosa, acontece o Encontro de Consumidores de Alimentos Orgânicos que terá como tema “Certificação, produção e consumo de orgânicos”. Segundo a organizadora do evento e participante do Grupo Natureza Limpa, Solange da Silva, a proposta é reunir consumidores, produtores e demais pessoas interessadas no tema para falar sobre certificação, produção e consumo.



Os alimentos orgânicos vêm conquistando cada vez mais produtores e consumidores, principalmente pelo reconhecimento de que a utilização de insumos químicos pode causar problemas à saúde e ao meio ambiente. “O Brasil está se consolidando como um grande produtor e exportador de alimentos orgânicos, com mais de 15 mil propriedades certificadas e em processo de transição – 75% pertencentes a agricultores familiares. Na Região Noroeste e Missões os produtos orgânicos conquistam espaço gradualmente. Inúmeros produtores já obtiveram certificação e ampliam suas vendas a cada dia”, comenta o Diretor Administrativo do Sspmi Sindicato, Secretário da Regional Planalto Médio da Federação Femergs e Núcleo de Coordenação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ijuí.
O Encontro ocorre das 15h às 17h, na sede da AREDE/SindiCoop, localizada na Avenida América, 785, em frente ao prédio da piscina do Colégio Dom Bosco. Produtores de Santo Ângelo, Três de Maio e Santa Rosa já confirmaram presenças.

Para mais informações sobre o evento pelo celular (55) 9.9918-0467 com a organizadora do evento Solange da Silva.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017


Inovação para produção de Hortaliças

 A utilização de LED para o cultivo de hortaliças, frutas entre outros, segundo matéria publicada pela revista Época, em agosto de 2014, já contribuía no abastecimento do Japão e EUA. A tecnologia, desde então, vem tendo resultados extraordinários na produção de alface, couve e temperos como manjericão, orégano e cebolinha. Em Nova York e Chicago já são consumidas plantas cultivadas por hidroponia e iluminadas por LED.
A principal inovação, segundo João Weber, sócio-proprietário da empresa Doled – empresa que desenvolve esse tipo de tecnologia para Ijuí e região-, “é o controle das fases de desenvolvimento das plantas: germinativo, vegetativo e floração, além da produção constante e eficiente das hortaliças, independentemente do clima, inclusive em épocas chuvosas”.



As lâmpadas de LED têm um valor elevado comparando às tradicionais, mas o retorno está na durabilidade. Enquanto as lâmpadas incandescentes duram em média 1.200 horas, um LED pode chegar a 50 mil horas de vida útil. Na agricultura, seu uso pode ser programado e otimizado, podendo resultar em economia de energia e em alimentos mais nutritivos, frescos e saborosos.
Por ser uma luz fria, o LED aumenta a intensidade da fotossíntese e diminui os custos com os aquecedores de ar. Pode ficar perto das plantas sem queimá-las, por isso o espaço para produzi-las será menor, facilitando ainda mais a produção em casa.

Artigo baseado em dados da Época e Hometeka.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017



Dia de Campo debate Produção de Alimentos e Agrotóxicos

As atividades do Dia de Campo realizado pelo GT Macrorregional sobre Agrotóxicos, no distrito de Santana, marcaram esta sexta-feira, 15 de setembro. O evento reuniu um público de agricultores, alunos das escolas estaduais do interior e membros de entidades ligadas à agricultura, meio ambiente e saúde para debater acerca do tema “Produção de Alimentos e Agrotóxicos: uma questão de saúde”.
A programação teve início às 9h, com o painel “Intoxicações causadas por agrotóxicos e os impactos na saúde”, ministrada pela médica especialista em toxicologia aplicada, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Virgínia Dapper. Ela salientou a dificuldade que existe para mapear os impactos toxicológicos dos produtos agrícolas, pois ao realizarem exames, são analisados os produtos de formas separadas, no entanto, na agricultura, são utilizadas misturas destes produtos.



“No que tange o papel dos médicos para diagnosticar a intoxicação por agrotóxicos, precisamos enfatizar que hoje só existem exames médicos que diagnosticam intoxicação por organofosforados (conjunto de compostos químicos), por isso, é muito importante que o agricultor relate ao médico quando teve contato com agrotóxicos pela última vez antes de os sintomas começarem a aparecer”, afirma. A médica destacou ainda a importância da atuação do agente comunitário de saúde, que chega até a casa do agricultor com informações, o que possibilita e auxilia no processo de conscientização sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos.




Nesse contexto, o tenente Fernando Hochmuller, especialista em policiamento ambiental na 2ª Companhia de Polícia Ambiental de Cruz Alta, relatou sobre a importância das denúncias sobre o uso indiscriminado dos agrotóxicos. Em sua fala, demonstrou com dados e fotos, os casos que aconteceram na região em que muitos agricultores foram afetados pelo uso de agrotóxicos realizado por vizinhos. “Em muitos desses casos, tivemos pessoas apresentando sérios sintomas de intoxicação, além de morte de animais e contaminação da água e solo. Esses fatos que trago são fatos reais, não são estudos ou estatísticas, mas sim a realidade de nossa região”, conclui frisando que as denúncias devem ser feitas à Polícia Ambiental de Cruz Alta e os responsáveis podem sofrer com a pena de reclusão da liberdade pelo tempo de 1 a 4 anos e/ou multa que pode variar de R$ 500 a R$ 2 milhões.


Na parte da tarde, o agrônomo presidente da Apaju, Luiz Volney Viau, debateu sobre “Agroecologia: uma transição possível”. Ele apresentou as propriedades de solo e os tipos de tratamentos utilizados, exemplificando com fotos e projetos da prática da implementação da agroecologia. O agrônomo encerrou sua fala chamando atenção para a necessidade de tornar o alimento como o principal medicamento do homem, prestando atenção nas suas propriedades naturais e relembrando da importância de se ter um alimento puro e livre de agrotóxicos.
A nutricionista Eilamaria Libardoni Vieira, deu continuidade às discussões da tarde, falando sobre o projeto “Agroindustrialização de hortaliças orgânicas produzidas na região noroeste”, desenvolvido na Unijuí. O projeto tem por objetivo avaliar a quantidade de hortaliças orgânicas produzidas na região, tendo o processamento das hortaliças realizado nos laboratórios de Nutrição e Bromatologia da Unijuí. Com isso, quer-se encontrar uma forma de ampliar a vida de prateleira dos produtos, melhorando os aspectos ligados a comercialização, validando ainda as experiências locais com agricultura orgânica e agroecológica em toda região noroeste.
A programação ainda contou com oficinas concomitantes como a Mostra da Biodiversidade Regional (Patran – Cruz Alta), Exposição Colheita Venenosa, do Museu Municipal Olindo Feldkircher, de Selbach, Solos e Alternativas, com Jair Matos Borba (Fetag), e a oficina sobre Plantas Medicinais, do Grupo de Saúde Popular do STR. 

*Confira a galeria completa de fotos no Facebook do GT.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017



GT participa de Seminário sobre Intoxicações por Agrotóxicos

O Grupo de Trabalho Macrorregional sobre Agrotóxicos participou, no dia 17 de agosto, do Seminário sobre Intoxicações por Agrotóxicos, no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre. O GT foi representado pela fonoaudióloga Elisa Lucchese, do Cerest, integrante da coordenação do grupo de trabalho da região e Sandra Souza, enfermeira da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde do município de Santo Ângelo.

                O evento foi organizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) o qual convidou o GT para falar de suas ações. O evento contou com um público de cerca de 150 profissionais da saúde, coordenadorias regionais, Cerests e municípios de todo o Estado do Rio Grande do Sul.



quinta-feira, 13 de julho de 2017



Integrantes do GT planejam ações para o Dia de Campo no distrito de Santana

Os integrantes do Grupo de Trabalho Macrorregional sobre Agrotóxicos esteve reunido na manhã desta quinta-feira, 13 de junho, com objetivo de debater assuntos pertinentes ao GT, bem como planejar as atividades do grupo para o Dia de Campo no distrito de Santana.
O evento, que aconteceria em junho, foi transferido em função das chuvas que impossibilitavam os agricultores de participar da programação. A nova data definida para o evento será no dia 15 de setembro, no turno da manhã e tarde. A programação ainda está em discussão, porém incluirá mesas de discussão sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e meio ambiente, bem como serão realizadas oficinas que abrangem os mais diversos assuntos para públicos de diferentes idades.
Além disso, foi debatida ainda a importância da disseminação sobre os benefícios da alimentação orgânica, bem como da conscientização sobre as plantas medicinais. Assuntos que poderão, possivelmente, ser abordados em eventos paralelos durante o ano, em ações do GT sobre Agrotóxicos.






quarta-feira, 12 de julho de 2017



Calendários agrícolas auxiliam na produção de plantas orgânicas

Como forma de diminuir o uso de agrotóxicos, várias entidades, entre elas o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), desenvolvem, a cada ano, os calendários agrícolas, um material de apoio e orientação sobre plantio e manejo de culturas. “Além das informações dos dias favoráveis ao manejo e semeadura das diferentes culturas conforme o objetivo desejado: flores, folhas/caules, frutos/sementes e raízes/tubérculos, também constam informações sobre período favorável ao transplante de mudas, dicas gerais de manejo na agropecuária dentro da perspectiva agroecológica”, afirma Lauderson Holz, engenheiro agrônomo do CAPA.  


Segundo ele, o calendário surgiu a partir de estudos feitos pela agricultora biodinâmica Maria Thun, na Alemanha, que se baseou em conhecimentos populares sobre agricultura e na observação dos movimentos dos planetas e astros celestiais. Ela percebeu que estes astros e, principalmente, a lua exercem influência sobre a produção na terra e começou a pesquisar observação sobre desenvolvimento de rabanetes. Holz conta que ela “viu que as plantas semeadas em alguns dias produziam mais, [tinham] raízes de melhor qualidade e outras tendiam ao florescimento. Isto acontecia com certos intervalos de dias e a partir disto ela associou o desenvolvimento das plantas, na raiz, folhas, flores ou frutas conforme o dia em que foram semeadas sob a influência da lua que estava passando em determinada Constelação do Zodíaco”.
            Dessa forma, Thun desenvolveu um calendário em que é possível f
azer os plantios e manejo das culturas dentro do período mais favorável à planta. Além disso, há uma melhora no desenvolvimento das plantas e redução no uso de agrotóxico. “Temos recebido muitos relatos de agricultores dizendo que a partir do uso das recomendações do calendário têm obtido bons resultados na produção, como, por exemplo, conseguido novamente colher cenouras bonitas”, afirma Holz.
            O CAPA elabora seus calendários em uma parceria com o Sínodo Vale do Taquari (sede regional) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB, com a qual consegue vender mais de dez mil exemplares. Aqueles que quiserem adquirir os calendários agrícolas para 2018, já que os exemplares deste ano terminaram, podem entrar em contato, a partir de dezembro, pelos e-mails secretaria@sinodotaquari.org.br, santacruz@capa.org.br ou pelos telefones 051 3762 2988 e 51 3715 2750.


Manuela Joana Engster – acadêmica de Jornalismo da Unijuí – Agência de Notícias

Calendário de Atividades do GT